Agenda Municipal / Arte Circense Àmostra 2025

Àmostra 2025
24 a 28 Jun
Programa Casa das Artes e INAC


Casa das Artes | Grande Auditório - 21h30

Entrada: 4 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 2 euros | Coprodução: INAC / Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão | Apresentação do primeiro trabalho profissional dos Alunos Finalistas do Instituto Nacional de Artes do Circo

Terça 24

Ivo Rocha: Monobloc

A proposta de pesquisa deste projeto é a investigação de objetos comuns do circo e do quotidiano e imaginário coletivo, neste caso, uma cadeira monobloco. Através da técnica do malabarismo, o espetáculo explora elementos da arte circense, performance e consciência corporal, promovendo a experimentação artística através do movimento, da manipulação de objetos e da presença cênica. Experiência viva, relacional e simbiótica com o objeto.

Jana Möller: ouVir a Ver

Desde o nascimento, nossos sentidos são a ponte entre nosso interior e o mundo exterior. Eles moldam a forma como recebemos a vida ao nosso redor. Aprendemos como os objetos se parecem, como usá-los. Mas e quanto ao som das coisas? E se conhecêssemos algo pelo som que ele pode produzir? Isso pode trazer uma surpresa sobre aquilo que pensamos conhecer tão bem. Imagine passar um dia inteiro apenas com os ouvidos. 

Louise e Daniel Relle, Jessica Eschenbach: Parabox

3 corpos, 3 histórias, uma busca compartilhada: pertencer. Até que ponto posso ser eu mesmo sem perturbar a dinâmica do grupo? Por meio de movimentos acrobáticos, dança e técnicas de mão-a-mão, Parabox explora a frágil dinâmica das amizades num grupo de três pessoas, destacando a tensão entre inclusão e exclusão. À medida que os personagens vivenciam uns aos outros entre o apoio e o julgamento, eles continuam a surpreender uns aos outros, quebrando e flexionando as regras de seus próprios jogos.

Quarta 25

Nosossel: CasCaróN

Numa noite em vê-la, entre o sono e a vigília, esperas. Esperas que algo mude. O tempo passa e nada se move. Mais, serás tu que terás de dar o passo para avançar. Para isso, terás de perceber onde estás realmente presa.

Jo Leão: The Way to Sleep

Numa noite conheces alguém que todas as noites se debate com o conflito que é a hora de ir dormir.  O que acontece quando sonha? É só ao acordar desnorteado que percebe que estes pesadelos são inevitáveis. Eles voltam todas as noites.  Talvez nos deixe entrar no seu subconsciente, assistir a um destes pesadelos e ver o que os assombra, as histórias que nele se escondem. Afinal quem é o monstro do teu pesadelo?

Marta Big Lady: Depois do silêncio

No meio do caos do mundo, da vida agitada e stressante da civilização moderna, uma rapariga encontra-se no chão, onde o ruído e a confusão parecem consumi-la. Mas, a cada passo em direção ao topo de uma estrutura que se ergue como refúgio, ela renasce, supera o ruído e alcança a calma e o equilíbrio que sempre estiveram dentro dela. Esta viagem, do caos à serenidade, lembra-nos que, ao encontrarmos o nosso centro, podemos transformar o mundo que nos rodeia.

Bel Macari: Fragmentar-se

O trabalho explora a dualidade e a luta interna de quem confronta suas várias facetas e contradições. Em uma sequência de solo com uma corporalidade que dialoga com diferentes emoções, com movimentos dinâmicos e interações com a lira, a artista revela um corpo dividido entre controlo e vulnerabilidade, enfrentando tremores e desequilíbrios que simbolizam as suas partes em conflito.

Quinta 26

Antonia Sebag: Tied Up

Uma criação inspirada no texto "Les vrilles de la vigne", da autora francesa Colette. Mais do que referência literária, a obra mergulha também na vida singular dessa mulher. Colette, figura marcante da literatura francesa, rompeu com as convenções do seu tempo. Após separar-se do marido, que por anos se apropriou de seu trabalho, ela reinventa-se no music-hall, onde escandaliza ao beijar uma mulher em cena nos anos 20. Vive sozinha, afirma sua bissexualidade com coragem e faz da escrita sua maior forma de liberdade. 

Lorena Echeverri: Contra Todas As Probabilidades

Na rotina diária, uma palhaça cheia de sonhos e ilusões deseja parar a rotina e desfrutar do tempo livre. No entanto, as faturas e as contas a pagar não esperam. Ao longo do seu dia, enfrenta uma série de peripécias que lhe impedem de aproveitar o seu tempo livre, complicando ainda mais a sua situação. Mas, com engenho e astúcia, consegue superar os obstáculos e passar de nível, mostrando que, apesar das dificuldades, sempre há espaço para a criatividade e a diversão.

Deniz Keser: Circlestanstes

O ato começa em silêncio — um corpo mantido de cabeça para baixo, equilibrado e quieto. Os arcos repousam sobre o artista como pensamentos ainda não proferidos. Depois vem a queda. Uma mudança repentina, como a vida a mudar sem aviso. Os arcos caem com eles — um trambolhão, uma libertação, uma quebra no silêncio. Levantando-se do chão, o artista volta a reunir os arcos. Cada um contém agora algo diferente — um sentimento, uma memória, um momento.

Kilian Sabourin: Out to Dry

Um espetáculo circense autobiográfico sobre rejeição. O artista, Killian, representa duas versões de si mesmo no palco: um comediante de stand-up mordaz e carismático e um dançarino coberto de linho, afogando-se na vergonha de sua carreira fracassada. Por meio de vinhetas contrastantes de cenários cómicos, monólogos poéticos e acrobacias aéreas, Killian retrata seu caminho gradual e complexo rumo à autoaceitação.

Sexta 27

Jenni De Hertogh: For your own safety

5 bolas, uma cadeira, uma pessoa e um toque de absurdo. A peça se desenrola em ritmos alternados de malabarismo e movimento. Coisas caem, voam e colidem. Formas surgem e depois se desfazem. Nada tenta demais fazer sentido. É um convite para recuar, respirar e, quem sabe, rir do belo caos que às vezes criamos dentro de nós mesmos.

Pauline Wales: Rougeoyer

Rougeoyer. Palavra francesa que significa: ficar vermelho, queimar, incendiar-se. Tornar-se vermelho. Todo vermelho. Como um tomate. Da cabeça aos pés. Porque eles estão lá. Estão a olhar para mim. Estamos a olhar um para o outro. O que é que eles querem? E porque é que as minhas bochechas ficaram vermelhas de repente?

Sette Tapparelle: Cerchio Cromatico

Há uma criatura que crias e que não conheces, no teu quarto. Esta é a viagem dela, que oscila entre sentimentos de incómodo pela desarrumação e obsessão pela ordem cromática. Esta criatura move-se, então, para dentro de cada um de nós e começa a experimentar tudo na nossa pele. Tudo o que somos. Conheces cada sentimento que vive dentro de nós? As nossas alegrias, nossos amores, respirações, manias e os nossos medos? Manifestam-se, então, todos juntos, quase em luta uns contra os outros, pois todos querem sobressair na criação deste novo ser. Uma criatura de exageros.  

Kaio Apolinario: Busc(ando)

Um funâmbulo entra em cena para montar sua rede para descansar. No espreguiçar do seu corpo o aparato se transforma em um objeto de equilíbrio e diversão.

Sábado 28

Sevkat Gokce Dogan: Falta uma

Tudo começa por algum lado. de um ponto. de uma semente. cresce com o desejo de crescer e de se sentir completo. Completo, quase, mas falta uma. Falta, onde antes era chamado de lar, falta a outra metade. As pessoas que partiram uma vez sabem o que quero dizer. Ter de escolher que mão cortar, que decisão horrível tomar, que guerra travar. Quando tudo o que se quer é simplesmente ser. Por que é tão difícil?  Precisa de ser sempre tão difícil? Qual é a escolha, qual é a liberdade?

Laurence Pauwels: Achète-moi et tu feras une bonne affaire

Uma mochila e um humano, juntos. Um ambiente, aparentemente calmo, e algo mais — que na verdade, está em todo o lado no nosso quotidiano — que nos pode controlar mais do que pensamos. Como é que algo que a maioria de nós não gosta, e tenta sempre evitar, pode fazer-nos recordar doces memórias de infância, e até fazer-nos rir?

Jeniffer Rodrigues: Quem Ser

Na linha do tempo, chamada vida, na estabilidade instável, caminhamos por diferentes fases, que por vezes nos requer diferentes calçados. Através da arte do circo, mais especificamente do equilíbrio/ arame, “QUEM SER” ganha vida, tendo como mote as múltiplas personalidades que carregam um só indivíduo, o modo como cada qual se porta, se calça. Os pés ganham destaque na cena, através destes nasce o mover da personagem, dando-lhe dicotomia.


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