Eduardo Palaio recebeu, nesta sexta-feira, o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco 2011 das mãos de Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, pelo seu livro “Caixa Baixa” que mereceu a unanimidade do júri, entre meia centena de obras a concurso. Eduardo Palaio, mostrou-se agradado pela obtenção de mais este prémio por este seu trabalho literário, que já havia conquistado o Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca, mas surpreendido pelo facto de não ver a sua obra ser avaliada criticamente pela imprensa nacional, como acontece com tantas outras obras.
O Prémio Nacional do Conto Camilo Castelo Branco foi instituído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em conjunto com a Associação Portuguesa de Escritores , galardoando anualmente uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país da lusofonia. O valor monetário do prémio é de 7500 euros.
Na hora de entregar o prémio, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, enalteceu a obra premiada e aproveitou para fazer um breve balanço do galardão que considerou como “uma iniciativa cultural de grande relevo para o município de Famalicão e para a literatura portuguesa”, enquadrada na “valorização e preservação da herança literária de Camilo Castelo Branco” que o executivo municipal tem desenvolvido a partir de Seide S. Miguel, onde o escritor do “Amor de Perdição” escreveu a maior parte das suas obras literárias. A propósito, Armindo Costa adiantou um novo investimento da autarquia no legado camiliano de Seide com a “reconstrução da casa dos caseiros, de acordo com a traça original da moradia habitada por Camilo e da pequena quinta onde a residência se encontra implantada”. “O objetivo é desenvolver aqui um conjunto de actividades pedagógicas relacionadas com a vida campesina oitocentista, e programas que defendam a preservação da natureza e o conhecimento de algumas ações agrícolas da época”, adiantou o autarca famalicense.
José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, felicitou o premiado “que ainda não é muito conhecido”, mas cuja obra premiada pelo Grande Prémio do Conto “é uma grande revelação e o futuro vai comprová-lo”. José Manuel Mendes não perdeu também a oportunidade para enaltecer a relação profícua que a Associação Portuguesa de Escritores mantém com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e de onde resulta a atribuição do Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, que tem dado a conhecer novos e grandes valores da literatura portuguesa, assim como a organização do Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho, que se destina-se a galardoar anualmente uma obra de ensaio literário, em português e de autor português, publicada em livro, em primeira edição, no ano anterior ao da sua entrega.