O município de Vila Nova de Famalicão já arrancou com o novo programa de Contrato Local de Desenvolvimento Social – CLDS 4G, tendo designado como Entidade Coordenadora Local da Parceria a Engenho – Associação de Desenvolvimento Local de Vale do Este.
Os principais objetivos do novo programa foram apresentados na passada quinta-feira, na Biblioteca Municipal Camilo castelo Branco, pelo vereador do Desenvolvimento Territorial Integrado do município, Augusto Lima.
O novo CLDS-4G apresenta um Plano de Ação centrado nas áreas do emprego, formação, qualificação e empreendedorismo, irá vigorar até 31 de maio de 2023, implicando um investimento no concelho de 450 mil euros.
Para o vereador Augusto Lima “este novo projeto não pode descurar a situação atual, que é complexa, incerta e que nos traz grande desafios.”
O também responsável pelas áreas da Economia, Empreendedorismo e Inovação adiantou que a pandemia tem provocado um aumento do desemprego no concelho. Sendo que os números “subiram de 3500 desempregados em fevereiro de 2020 para 5100 em finais de maio”. Para além disso temos atualmente “1500 empresas em lay off, que afetam 15 mil trabalhadores”.
“São dados que obviamente nos preocupam e que merecem da nossa parte projetos que ajudem a fazer face a estas dificuldades,” referiu, salientando que este novo CLDS “tem uma estratégia clara para o emprego, formação e enquadrando-se nas políticas sociais do concelho, nomeadamente na Estratégia Concelhia de Desenvolvimento Integrado”.
Augusto Lima adiantou que “numa primeira fase será realizado um mapeamento do que está a acontecer no território, fazendo-se uma ponte com as entidades responsáveis pela educação, emprego e formação.”
“Queremos que seja um projeto marcante, que traga benefícios ao território,” sublinhou afirmando que “tem mesmo que contribuir de uma forma significativa para melhorar a situação que estamos a viver”.
O Programa CLDS 4G tem a finalidade de promover a inclusão social dos cidadãos através de ações, a executar em parceria, que permitam contribuir para um aumento da empregabilidade, para o combate de situações críticas de pobreza, especialmente infantil, da exclusão em territórios vulneráveis, envelhecidos ou fortemente afetados por calamidades, tendo igualmente especial atenção na concretização de medidas que promovam a inclusão ativa das pessoas com incapacidade.
O programa é desenvolvido pelo Instituto Segurança Social (ISS), I.P que enviou um convite à Câmara Municipal para criação de um CLDS. Por sua vez é Câmara Municipal que designa a Entidade Coordenadora Local da Parceria.
Recorde-se que o CLDS 3G vigorou no concelho até finais de 2018, tendo implicando um investimento de 356 mil euros. A entidade coordenadora foi a CIOR e tinha como objetivos promover o emprego e combater a pobreza.