Mais de uma centena de objetos arqueológicos recolhidos no território famalicense dão o mote para uma viagem na história do território de Vila Nova de Famalicão na exposição “6 Mil – das origens a Famalicão” que a Casa do Território tem patente ao público até janeiro de 2020, com entrada livre. “Uma pequena amostra do grande potencial arqueológico do concelho e do muito que há a explorar”, disse o coordenador científico da exposição, o historiador Armando Coelho.
A mostra, que retrata a evolução do território desde os primeiros vestígios da presença humana até à Idade Média, “uma viagem até origem das origens”, propõe ao visitante uma leitura pedagógica e criativa da “primeira história” do território e da sua ocupação ao longo 6 mil anos.
Organizada pela Câmara Municipal, no âmbito das comemorações do 34.º aniversário da elevação de Famalicão a cidade, a exposição conta com “antiquíssimos antecedentes, desde os primeiros vestígios de expressão megalítica reveladores dos começos da agricultura e da introdução da metalurgia”.
Os projetos, as intervenções e os sítios arqueológicos do concelho, bem como todo o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo Gabinete de Arqueologia do Município, são evidenciados na mostra, que tem a singularidade de fazer regressar, temporariamente, a Famalicão, objetos que se encontram dispersos por alguns museus nacionais como, por exemplo, uma ara (altar romano) da Sociedade Martins Sarmento, uma lucerna (lamparina da época romana) patente no Museu Nacional de Arqueologia e uma lâmina de piras em ouro cedida pelo Museu do Ouro de Travassos.
Uma reconstrução digital do Castelo de Vermoim, que terá sido atacado por um grupo de invasores tão popular como mortífero, como os vikings, durante uma incursão à região Entre-Douro-e-Minho, em 1016, é uma das atrações principais da exposição. “Uma exposição que tem muito a ver com a identidade famalicense e que é importante para nos conhecermos melhor”, refere a propósito Paulo Cunha, Presidente da Câmara Municipal.
Paralelamente à mostra será ainda desenvolvido um programa de atividades dedicado à temática, com visitas guiadas à exposição, oficinas, conferências e visitas ao território, nomeadamente ao Castro de Penices, ao Castro de Ermidas e ao Castro de S. Miguel-o-Anjo.
A primeira iniciativa decorre já este domingo, dia 14 de julho, pelas 15h00, e consiste numa visita guiada à exposição, de participação livre e gratuita.
Todo o programa poderá ser consultado no site do Parque da Devesa, em www.parquedadevesa.com, e na página de Facebook do parque, em www.facebook.com/parquedadevesa/.